[Set Up] - Mike Einziger - Incubus - 2007


























Em 2007, Mike Einziger, guitarrista do Incubus foi entrevistado pela Guitar Player. A entrevista foi
publicada no mesmo ano, na edição 134 ano 12, páginas 36 e 37. Na época durante a divulgação do disco Light Grenades, foram abordados assuntos que vão desde os equipamentos utilizados na época das gravações ao pedalboard do guitarrista.

Einziger é conhecido pelo estilo que foge dos padrões do rock feito na época, nas composições acordes incomuns se misturam com uma grande quantidade de efeitos vindo de sua pedaleira. Do mesmo jeito a forma como enxerga a música está longe do ortodoxo. Ao ser questionado se tem uma visão geral das guitarras Mike diz não ter uma visão clara do que irá tocar em um disco, e que as canções o guia para fazer diferentes sons de guitarra e fazer um disco é como montar um quebra-cabeça.

Para a gravação do álbum foram utilizados 3 estudios:"Gravamos oito ou dez faixas em Los Angeles, no Hensen Studios - o antigo A&M Studios. Também fizemos alguns registros no estúdio do produtor Brendan O'Brien, em Atlanta. Gravamos a música Quicksand e algumas partes de guitarra e vocais em minha casa".

Segundo Einziger, a banda grava  90% das faixas ao vivo, pois eles sentem que o som flui melhor assim. O vocalista também se sente mais seguro dessa forma mesmo com o risco de vazamento de som no canal de voz.  Mas o guitarrista que acredita que quando  há pouco vazamento a gravação ganha mais personalidade e critica gravações que há muita interferência na parte técnica: “ Muitas pessoas fazem discos de som perfeito que não soam como se tivessem sido gravados por seres humanos. Já vi engenheiros alterarem cada batida de um bateria. Não fazemos isso”.

A canção Dig teve boa parte da base composta em um Fender Rhodes, (leia mais sobre piano elétrico, aqui). Depois fez alguns testes com a guitarra, utilizando o VST plug in Amp Farm, chegou ao timbre que desejava, mas não conseguiu reproduzir no estúdio o que tinha feito em casa. Com isso teve que utilizar a gravação na Master. Além disso Mike fez uma camada usando um violão Gibson de 1930, que é sempre usado em gravações.































Para o peso da música Kiss to Send Us Off, o guitarrista tocou uma Fender Jazzmaster com um DOD overdrive plugado em um Marshall Plexi e um gabinete  4x12, ambos pertencentes ao produtor. Esse mesmo amplificador já foi utilizado nas gravações de bandas como Pearl Jam, Rage Against the Machine em suas gravações. Os sons limpos foram obtidos através de um amp Top Hat de Bredan. "Nunca havia experimentado esses aparelhos, mas gostei do resultado e acabei usando bastante durante as gravações. Também usei um Vox AC30".

Para a faixa Anna Molly também foi utilizado uma Jazzmaster. Mike fala o quanto essa guitarra o deixou empolgado:" É raro eu ficar empolgado com uma guitarra. Fico assim com teclados e pedais de efeito. Mas um dia vi essa Jazzmaster na Normans's Rare Guitars, em Tarzana, California, e ela mexeu comigo. Comecei a tocá-la e senti que teria de comprá-la naquele momento. Ela é minha preferida. Não é comum ver Jazzmasters sendo usadas em nosso estilo de rock é algo inesperado, eu gosto disso. Toquei com minhas PRS Hollowbody por anos e enjoei delas. Elas me parecem confiáveis demais".
Além disso ele toca de forma diferente nas guitarras Fender: "Elas são mais difíceis de tocar o som é mais agressivo e aprecio as características sonoras da Jazzmaster. O jeito que elas respondem também é interessante. Utilizo muito reverb, delay, phaser e chorus, e gosto quando todos os harmônicos lutam entre si".
Em sua pedaleira tem um Electro-harmonix Memory Man e um Danelectro Reel Echo. "O Reel Echo tem sons excelentes e fácil acesso aos controles no palco". comenta. Ele possui também um Hugh & Kettner Rotosphere, um Wah Wah Crybaby e dois Boss PH-2 Super Phaser. "As vezes utilizo duas regulagens diferentes de phasers na mesma música". Ao lado deles ele utiliza um DOD Gonkulator, utilizado na música Pendulus Threads. "Tenho também um MXR Phaser 90, um DOD Envelope Filter, um Boss CS-3 Compressor/Sustainer, um Boss OC-2 Octave e um Boss CH-1 Super Chorus. Depois, há um Boss RV-3 Digital Reverb/Delay". Esse último presente na pedaleira de Jonny Greenwood em 1997. " A maioria dos meus sons de reverb e eco vem desse pedal. Faço pequenas marcações para ajustar o tempo dos delays das músicas".

Mike diz que se abaixa para fazer as regulagens nos pedais e é contra equipamentos faraônicos: "Faço isso entre a maioria das músicas e, ás vezes, até no meio de algumas músicas e, às vezes, até no meio de algumas delas. Isso acontece nas gravações também. Sempre fiz isso, então me acostumei. Sou contra equipamentos gigantescos e complicados. Isso é trapacear. Também não uso loop de efeitos. Soam muito certinhos. Ter todos esses pedais -  e ficar girando seus knobs - é grande parte do que faço. Acredito que tudo isso tenha a v er com a integridade da canção, além de ser divertido. Adoro não sabe o que vai acontecer".

Fonte: Guitar Player 







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